A nossa relação conosco e com o mundo é influenciada basicamente pela nossa mitologia pessoal - um sistema de crenças, valores e imagens organizado ao redor de um tema central.

Esses mitos explicam como o mundo funciona, estabelecem vínculos do indivíduo com a sociedade e apoiam suas necessidades existenciais.

Construímos a partir destes mitos, uma versão do mundo, que tomamos como sendo a realidade.

Esta distorção perceptiva é conseqüência de estarmos inconscientes dos mitos que formam nossa visão das coisas.

O resultado é a criação constante de conflitos entre o indivíduo e o mundo à sua volta.

Compreendendo que nossa mitologia pessoal pode tanto trazer equilíbrio quanto perpetuar a dor e a confusão em nossas vidas, podemos utilizar os sonhos para:

- perceber os conflitos decorrentes de nossa mitologia pessoal

- aproveitar, dos elementos do mito oposto, aqueles que ofereçam alternativas à nossa visão habitual.

Existem muitas possibilidades para explicar o potencial criativo dos sonhos.

As principais hipóteses consideradas e estudadas atualmente são:

  1. os sonhos têm acesso a memórias esquecidas e a memórias apenas vagas;
  2. os sonhos combinam de modo novo elementos da experiência pessoal, valendo-se de símbolos poderosos e/ou imagens bizarras.

Resumidamente podemos dizer que:

  1. Os sonhos não têm símbolos universais.
  2. Nos sonhos, as ações nunca são acidentais.
  3. Os sonhos contém informações importantes e desconhecidas para aquele que sonha.
  4. Cada sonho nos oferece possibilidades novas de nos compreendermos.
  5. Quase todo sonho revela a dinâmica de vida do sonhador.
  6. A função do sonho é explorar o impacto emocional das experiências vividas.
  7. Os sonhos nos revelam como nossa consciência se organiza á noite, para nos tornar conscientes de nossos sentimentos.

    Acredita-se que analisando os sonhos podemos compreender muito de nossos conflitos.

Para isso precisamos desenvolver as seguintes habilidades:

  1. habilidade de reexperienciar os sentimentos vivenciados em seus sonhos.
  2. reconhecer áreas de sua vida atual que suscitam emoções similares ao do sonho.
  3. evitar interpretar o sonho pois isso seria segundo nossa mitologia pessoal que é a fonte do conflito.
  4. ser capaz de identificar metáforas, trocadilhos e ações simbólicas, pois é desta maneira que são revelados em nossos sonhos os aspectos conflitantes de nossas vidas.

Autor: Roberto Ziemmer

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